Vivo
o tácito
crepúsculo
de arrebol
ausente,
entre goles
e gotas
e goles
e dores
…
sensações disrítmicas
que beijam
meios-fios
da desvairada de
Andrade…
Arrefecido,
pulso,
entre tragos,
largos, curtos,
brutos,
embraseados por
devaneios
extintos
um
a
um
…
CINzas
…
sonhos
natimortos
a cada esquina,
sob cada marquise,
sob jornais de ontem,
sobre Homens
sem
identidades,
amedrontados,
famintos…
(párias
sem pátrias)
a cada esquina
torno-me menos Homem,
a cada esquina
torno-me menos vivo,
a cada esquina.
Valdevinos
rasgam,
como andantes
de suas próprias
sinfonias,
tortuosas veredas,
sob
noites
sem estrelas,
arremessando
tarrafas
em renques
subtraídos,
em mares
desidratados.
Vidas
espargidas,
em meio à
multidões anacoretas,
em meio a
beijos recusados,
em meio a
cartas sem respostas,
em meio a
abraços incompletos,
em meio a
tentações perenes,
em meio a
anjos incorridos,
em meio a
amores sem faces,
vidas
sem vida,
…,
vidas ocas.
Vivo
um sonho
doce-amargo,
sem final
feliz.
Eduardo Candido Gomes
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